História


A História do fundador da Borges Comunicação


O Sr. José Borges Correia nasceu em Lisboa, onde começou a dar os primeiros passos na área das artes. Logo aos cinco anos de idade, pintou algumas aquarelas e convidou a família para visitar a exposição, começava ali a carreira de um grande artista que revolucionou o traço caricatural, dando ao resultado final do trabalho, menos que uma simples deformação, mas um traço extremamente expressivo.


A partir dos 16 anos e com um talento nato para o desenho, o Sr. José Borges foi conseguindo espaço na Lisboa dos anos 30. Foi nesse período que ele realizou quase todas as exposições que fez na vida, ao mesmo tempo em que recebia diversos convites para entrar na publicidade, mas acabou trabalhando na imprensa lusitana por um bom tempo como desenhista, chegando até a trabalhar em uma pequena revista ilustrando algumas edições. Foi também um dos diretores de uma revista difundida por toda Europa, chamada “Vida Mundial”.

Conhecido no meio artístico pelo pseudônimo de Zeco, o Sr. José Borges Correia veio parar no Brasil a convite da Rede Globo na década de 50, através da filial gaúcha conhecida como Clarin, onde ocupou um dos cargos de desenhista. Já havia recebido outros convites, mas não queria deixar sua terra natal. Porém, problemas políticos afetavam a sociedade portuguesa, onde a democracia era gradativamente derrotada pelo regime ditatorial deixando a situação cada vez mais difícil. Já no Brasil, o Sr. José Borges Correia acabou se envolvendo afetivamente com aquela que seria, pouco tempo depois, declarada sua esposa. Fato que culminou com uma visita a cidade de Belém onde ele acabou fixando morada e fundando aquela que seria uma das primeiras agências de publicidade do Pará, a Borges Publicidade.


A partir do momento em que o Sr. José Borges começou a trabalhar na sua agência, ele acabou dedicando todo o seu tempo e talento na atividade, deixando de lado a sua paixão pela arte. Apesar de figurar em uma “Enciclopédia de Artes Portuguesa e Brasileira” e ser citado em uma “História da Arte Portuguesa”, além de possuir obras nos Museus Rafael Bordallo e Caldas da Rainha, em Lisboa, quando perguntado sobre a opção de anonimato – já que possuía tantas obras desde pinturas, pequenas esculturas, desenhos, caricaturas, no exterior e no Brasil, e por Belém não conhecer muito dessa sua veia artística – o artista respondeu que “é egoísmo próprio. Nunca dei um quadro, nem sei fazê-lo por encomenda. Tenho um sonho: gostaria de fazer um álbum que registrasse meu trabalho. Principalmente pinturas sobre os tipos folclóricos paraenses. Mas nunca gostei de agitação e não quero fazer muito alarde sobre minha arte.”

Essa é um breve histórico daquele que aplicou todo seu talento artístico na publicidade paraense, agregando valores às marcas dos clientes que atendia e fazendo história com a Borges Publicidade, onde atendeu durante 53 anos a conta da Y. Yamada, transformando esta empresa em uma das redes varejistas mais conceituadas do país. Viva o Sr. José Borges Correia.